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quinta-feira, 13 de abril de 2017

SOBRE O FILME "A CABANA"




O livro A CABANA de William P. Young foi publicado em 2007 e logo se tornou um best-seller por causa da sua mensagem fascinante. O autor aproxima Deus de sua criação em uma história singela e emocionante, expondo todo poder divino sem ser vingativo com a sua criação. O livro enfoca principalmente a verdadeira relação de Deus com o Homem, tem despertado e transformado a existência de inúmeras pessoas.

O filme aborda uma história edificante e serena, apoiada em preceitos religiosos. Conta o drama de um homem que estava atormentado após perder sua filha mais nova, que supostamente foi violentada e assassinada por um maníaco que estava matando crianças naquela região. O corpo dela nunca foi encontrado, mas havia vestígios do crime em uma cabana localizada no meio da floresta.


A história gira em torno de uma profunda desilusão sofrida pelo protagonista Mackenzie Allen Phillips, mais conhecido pelos familiares e companheiros como Mack. Um dos personagens principais deste enredo é uma misteriosa cabana, testemunha de um trágico evento que marca definitivamente a vida do protagonista e de sua família. Descendente de uma linhagem irlandês-americana, Mack já traz em seu coração marcas dolorosas de sua infância, especialmente de seu relacionamento com o pai.         
Superando o passado, ele forma uma nova família, ao lado de Nannete A. Samuelson, chamada pelo marido e por amigos mais próximos de Nan, com quem tem três filhos excepcionais – Josh, Katherine e a caçula, Melissa ou Missy, uma garota incomum, repleta de ideias e concepções brilhantes para sua idade, seis anos.


Um fim-de-semana que deveria ser muito especial, no qual Mack se sente mais que nunca próximo de Josh e das filhas, com quem ele partiu para uma última aventura de férias, antes do reinício das aulas, se transforma em um terrível pesadelo com o desaparecimento inexplicável de Missy. A partir de então, com todas as evidências apontando para um terrível crime, Mack mergulha em um sombrio abismo de tristeza e dor.


Da esquerda para a direita: Jesus (Aviv Alush), Mack Phillips (Sam Worthington), Deus (Octavia Spencer) e Espírito Santo (Sumire Matsubara).


Quatro anos depois, porém, Mack tem a oportunidade de rever seu passado à luz de uma nova compreensão. Ironicamente o encontro de Mack com ele mesmo com seus assustadores fantasmas interior se dá justamente no lugar onde tudo começou, a cabana onde sua Missy supostamente havia sido assassinada. Guiado por um intrigante bilhete depositado em sua caixa de correio, ele embarca em uma viagem surpreendente que promete reconciliar sua alma com a Divindade que ele não consegue perdoar. Lá ele irá receber uma lição de vida e abrirá sua mente para uma nova visão espiritual. 

A trama do filme é fiel à do livro abordando a história religiosa sutilmente e explicando que Deus escreve certo por linhas tortas. Aquelas perguntas que todos nós queremos saber as respostas. Será que Deus existe mesmo? Se Deus existe e ama a todos os seus filhos, por que ele deixa acontecer tantas tragédias no mundo? A escolha de uma mulher negra para interpretar Deus é uma ousadia bem-vinda - feita pelo livro e seguida pelo filme, é bom ressaltar -, não apenas pela defesa da diversidade, mas também contra a imagem estereotipada pregada ao longo dos séculos.

A principal mensagem do filme é que mesmo em meio às lutas e dificuldades não devemos desistir de buscar a Deus porque Ele não desiste de nós. Precisamos aprender a amar e a perdoar até àquelas pessoas que nos fazem mal, que não devemos julgar ninguém, pois só quem pode julgar é Deus, que devemos sempre andar ao lado de Deus, nosso Pai celestial que deu seu filho para morrer em nosso lugar para nos salvar. Deus cuida de nós a cada minuto de nossas vidas. Ele está em toda parte onde acontecem coisas boas e ruins a todo tempo, e muitas coisas ruins acontecem para proporcionar o bem mesmo que não seja o que desejamos e esperamos. Às vezes não entendemos o porquê de algo que acontece na nossa vida, mas Deus está em todas elas, e elas tem um motivo e um porque e não somos nós que vamos julgar, não temos esse direito.

Com o surgimento do livro e em seguida o filme surgiu vários críticos construtivos e destrutivos. Bom, é meio difícil ficar em cima do muro mas, é possível enxergar de vários ângulos pois o autor foi feliz em querer passar uma realidade que tem sido crucial  em nossa vida que é a tomada de decisão em meio a pressão e conflitos internos e ao mesmo tempo infeliz de deixar margens para que vários religiosos pudesses interferir na sua forma de ver Deus.

Deus é um ser que não se define, pois Ele é supremo, mas para uma dramatização é preciso de personagens para facilitar nosso entendimento por isso, no meu entender, o autor achou mais fácil colocar homem e mulher para dramatizar a Trindade. Os críticos estão esquecendo que os argumentos deles estão sendo muito preconceituoso só porque Deus é representado por uma mulher ao invés de um homem olhando por este ponto de vista qual homem do sexo masculino teria a capacidade de representar Deus?


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